Tratamento da Estenose de Tronco de Coronária Esquerda Não Protegida

O tratamento percutâneo com emprego dos stents farmacológicos nas lesões de tronco de coronária esquerda é cada vez mais freqüente principalmente em situações de emergência e de alto risco cirúrgico. Tendo em vista que as diretrizes atuais ainda elegem a cirurgia como tratamento preferencial, publicação recente do Circ. Cardiovasc. Interv. de Dezembro de 2016 ( Percutaneous Coronary Intervention Using Drug-Eluting Stents Versus Coronary Artery Bypass Grafting for Unprotected Left Main Coronary Artery Stenosis  – A Meta-Analysis of Randomized Trials) faz análise comparativa das duas opções de tratamento ampliando as informações sobre matéria tão controversa. A metanálise envolveu principalmente os dados de quarto estudos randomisados recentes (PRECOMBAT, SYNTAX, NOBLE e EXCEL) e de dados disponíveis na literatura sobre o assunto. No total, 4594 pacientes foram incluídos na análise.

O desfecho primário de segurança foi composto de: morte por qualquer causa, IAM ou AVC. Os desfechos secundários de efetividade incluíram: morte por qualquer causa, IAM, AVC e revascularização repetida. A conclusão doa autores foi de que tanto a intervenção percutânea com stents farmacológicos quanto a cirurgia de revascularização são métodos igualmente seguros para revascularização de estenose de tronco de coronária esquerdo não protegido em pacientes de baixo risco cirúrgico. Porém, a CRM está associada a taxas significativamente menores de revascularização repetida. Os estudos incluídos envolveram seguimento de 12, 36 meses e de 60 meses. Porque os benefícios da CRM parecem se acumular com o tempo, é possível que os resultados dessa meta-análise não reflitam o real benefício em longo prazo na comparação entre as intervenções.

Por ICTCor
em 5 de julho de 2022