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Pioneiro no tratamento das arritmias cardíacas em Brasília, Dr. Ayrton Klier Péres fala sobre a evolução das técnicas nas últimas décadas
Até o final dos anos oitenta, havia pouca opção para o tratamento das arritmias cardíacas. O funcionamento do coração é regulado por impulsos elétricos nele originados e alterações desse sistema pode provocar batimentos acelerados, lentos, irregulares ou até mesmo colocar o paciente em risco de morte.
A cura de pacientes com certos tipos de arritmias estava fora do alcance dos médicos, pois a eles só restava a tentativa de controlá-las por meio de medicações,que eram poucas e de sucesso limitado.
O primeiro avanço surgiu com a cirurgia cardíaca, assim mesmo restrita a casos muito específicos e limitados, pois se tratava de uma operação de tórax aberto em pessoas sem doenças estruturais do coração, acometidas apenas por distúrbios localizados em seu sistema elétrico
Diante deste fato, médicos de Brasília foram para a Holanda, trabalhar e estudar em um dos mais importantes centros mundial de arritmia da época, para buscar o que havia de mais novo na área do tratamento cirúrgico e no de tratamento por meio de cateter, que estava por florescer.
Já na década de 90, mais precisamente em janeiro de 1991, as cirurgias de arritmia, que só eram realizadas em um grande centro da capital paulista, foram iniciadas também em Brasília, por essa equipe. Logo em seguida, as novas técnicas experimentais menos invasivas foram liberadas para o uso clínico e o primeiro serviço de Brasília para o tratamento por cateter das arritmias cardíacas foi implantado na capital, o Ritmocárdio.
De acordo com um dos fundadores desse serviço, Dr. Ayrton Klier Peres, o apoio do Hospital Santa Lúcia, da Cardioclínica e dos cardiologistas brasilienses foi decisivo para a implantação desse trabalho inovador, que se tornou revolucionário e eficaz. “Pacientes que eram assíduos frequentadores de salas de emergência ficaram curados e com a qualidade de vida restabelecida”, destaca o especialista.
Esses médicos pioneiros também ajudaram a fundar no Hospital Anchieta o Instituto de Cardiologia de Taguatinga – ICTCor. Esse serviço de cardiologia intervencionista tem como característica o investimento em qualidade e em recursos tecnológicos e tornou-se um centro de treinamento para médicos brasileiros em novas técnicas de tratamento das arritmias cardíacas.
A equipe do ICTcor iniciou seu crescimento estimulando o treinamento no exterior de outros experientes cardiologistas e um programa próprio de residência, que vem formando e incorporando novas gerações de especialistas em arritmias cardíacas e, hoje, é uma das maiores equipes brasileiras na área.
A história pioneira da arritmia cardíaca em Brasília contribuiu, em seu campo de atuação, para o desenvolvimento da medicina no DF. Com planejamento e educação médica continuada o serviço tornou-se um dos mais bem equipados na área tecnológica, médica e organizacional do país e exerce seu trabalho no ICTCor – Anchieta e em outros hospitais de Brasília
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