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Muitas pessoas não sabem, mas dormir bem é um hábito necessário para manter o equilíbrio e a saúde de todo o organismo. Infelizmente, é cada vez mais comum que as pessoas apresentem distúrbios relacionados ao sono. Para se ter uma ideia, em uma pesquisa publicada na revista Epidemiology (Epidemiologia do Sono, em tradução do inglês) cerca de 66% dos brasileiros dormem mal. As mulheres são as mais afetadas, que podem ter um sono até 10% pior do que o dos homens.
Doenças do coração e o sono
Entre os órgãos afetados pelo acúmulo de noites mal dormidas, está o coração. É isso mesmo! Por isso, a Sociedade Brasileira de Cardiologia alerta para a estreita relação entre uma rotina de sono de qualidade e a incidência de doenças cardiovasculares. A privação do sono está ligada a fatores que podem desencadear doenças cardiovasculares (DCV), entre eles o aumento da elevação da pressão arterial, alterações no perfil lipídico e a resistência à insulina.
Evidências científicas apontam que com o passar do tempo, a irregularidade do sono pode induzir arritmias, envelhecimento dos vasos e o risco para a ocorrência do infarto e do derrame. Isso acontece, porque as constantes variações na duração do tempo e na qualidade do sono podem causar o aumento da produção de hormônios de alerta e estresse, como a adrenalina e cortisol, e a alteração dos hormônios que controlam a fome e saciedade, contribuindo para o ganho de peso e alterações no açúcar.
Segundo o cardiologista intervencionista do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor), Ernesto Osterne, dormir mal acaba ocasionando inúmeras consequências, principalmente a longo prazo. “É preciso ter um acompanhamento profissional que ajude o paciente a regular o sono e também monitorar os problemas causados pela ausência de sono. A irregularidade no padrão de sono é um fator de risco cardiovascular e por isso é necessário avaliar a saúde do sono como estratégia de redução de risco cardiovascular”, explica ele.
Fatores que podem alterar o seu sono
Fica o alerta! Se você anda dormindo mal, não deixe de consultar um médico especialista em sono, e também o seu cardiologista.
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