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Padronizar os procedimentos de medicina nuclear, tendo como focos o aumento da acuidade nos resultados a redução das doses de radiação utilizadas nos exames. Este é o norte que guia as novas diretrizes para a cintilografia de perfusão miocárdica de repouso e estresse, publicadas pela Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) no periódico International Journal of Cardiovascular Sciences, publicado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Esta foi a primeira diretriz de cardiologia escrita pela entidade, que planeja desenvolver diretrizes brasileiras para todos os procedimentos de medicina nuclear, incluindo exames e tratamentos,”levando-se em conta as particularidades do país tais como o parque de equipamentos”, disse a Dra. Barbara Amorim, diretora da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear e coautora do artigo, em entrevista ao Medscape.
Baseadas em diretrizes internacionais e artigos científicos recentes, as novas diretivas trazem mudanças importantes nas condutas correntes, especialmente no que diz respeito às doses de radiação usadas nos estudos.
“Existe um programa da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que reforça a necessidade de usar doses menores de radiação, já que o Brasil está entre os que usam as maiores doses”, afirmou a especialista.
Alinhado com as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da AIEA, o documento preconiza o ajuste das doses dos radiofármacos de acordo com o peso do paciente. Na prova de estresse em adultos, por exemplo, a dose de radiofármaco para protocolos de um dia pode ser ajustada pelo Índice de Massa Corporal (IMC): 8 mCi para IMC < 25; 9 mCi para IMC 25-30; 10 mCi para IMC 30-35; 12 mCi para IMC > 35.[1]
As indicações para o exame que avalia a distribuição sanguínea no miocárdio em repouso e em esforço também foram reforçadas, com o intuito de aumentar a segurança do paciente. Desta forma, as diretrizes enumeram como contraindicações absolutas à realização do teste de estresse físico em esteira:[1]
Angina instável de alto risco;
Insuficiência cardíaca descompensada;
Hipertensão arterial descontrolada (PAS > 200 mHg e PAD > 110mmHg em repouso);
Arritmias cardíacas não controladas;
Infarto agudo do miocárdio nos primeiros dias de evolução (< 2 dias), mesmo estável;
Embolia pulmonar aguda;
Síndrome aórtica aguda (dissecção, hematoma intramural, úlcera penetrante);
Estenose aórtica severa sintomática;
Hipertensão arterial pulmonar grave;
Miocardite ou pericardite aguda;
Quaisquer condições clínicas agudas instáveis como sepsis, anemia aguda.
Além disso, antes da realização do procedimento, a entidade recomenda a realização de exame físico cardiorrespiratório incluindo os sinais vitais; medicações em uso; sintomas, fatores de risco para coronariopatia, e história pregressa de cateterismo ou revascularizações. O documento também preconiza observar patologias que aumentem o risco do estresse (como angina instável, cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva, estenose de válvula aórtica, estenose de carótidas); observar se há doença respiratória obstrutiva que possa contraindicar o teste com vasodilatores; e realizar um eletrocardiograma basal para detectar isquemias agudas, bloqueio de ramo esquerdo, arritmias. [1]
Outras mudanças com foco na maior precisão e otimização dos exames é o uso de imagens em posição prona (com paciente em decúbito ventral, para eliminar ou reduzir atenuações do diafragma, abdome e mamas) e a interpretação das imagens não corrigidas antes das corrigidas (em equipamentos com tomografia computadorizada acoplada) na elaboração dos resultados.
“Somos a primeira sociedade no mundo a incorporar estas boas práticas em suas diretrizes. Com a publicação desta e de outras diretrizes o Brasil se insere no cenário mundial de protocolos estabelecidos e foco na qualidade e segurança dos pacientes que são encaminhados pra exames de medicina nuclear”, afirmou o Dr. Claudio Tinoco Mesquita, presidente da SBMN e coautor do artigo.
A ideia agora é incentivar os serviços de todo o Brasil a utilizar as novas normas em hospitais e clínicas de todo o país. Outras duas diretrizes já estão publicadas no site da sociedade: cintilografia óssea e PET/CT com FDG-18F. Outros quatro procedimentos estarão disponíveis para consulta pública em breve. A entidade já anunciou a publicação de mais diretrizes para o próximo ano.
O estudo não teve fontes de financiamento externas e não está vinculado a programas de pós-graduação. Os autores declararam não possuir conflitos de interesse relevantes ao tema.
Referências
Amorim B, Mesquita C. IJCS – Guideline for rest and stress myocardial perfusion scintigraphy. International Journal of Cardiovascular Sciences. 2016;29(3):243–247. doi:10.5935/2359-4802.20160035. Disponível em:
http://www.onlineijcs.org/sumario/29/pdf/v29n3a14.pdf. Acessado em 4 de novembro de 2016.
Leoleli Schwartz
|02 de fevereiro de 2017
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