Emergência cardíaca: o que pode causar e quando ir ao hospital

As doenças do coração são uma preocupação constante, particularmente no Brasil, onde problemas cardíacos como infarto e parada cardiorrespiratória figuram entre as principais causas de morte, conforme dados do Ministério da Saúde.

A compreensão das causas dessas emergências e o reconhecimento dos sinais de alerta são cruciais para aumentar as chances de sobrevivência e minimizar danos ao organismo.

O que pode causar uma emergência cardíaca?

Diversos fatores podem desencadear emergências cardíacas. Entre os mais comuns, está o infarto do miocárdio.

Infarto do miocárdio: conhecido popularmente como ataque cardíaco, o infarto ocorre quando o fluxo sanguíneo para uma parte do coração é interrompido por um período prolongado, causando danos ao músculo cardíaco. As principais causas incluem: aterosclerose, acúmulo de placas de gordura nas artérias; trombose, formação de coágulos sanguíneos que bloqueiam a artéria coronária e espasmo coronário, contração temporária e repentina da artéria coronária.

Arritmias: são ritmos cardíacos irregulares, que podem ser benignos ou levar a situações graves como a fibrilação ventricular, uma das causas principais de morte súbita. “Uma arritmia pode transformar algo que seria inofensivo em uma emergência médica, dependendo de sua natureza e duração”, alerta o cardiologista Ernesto Osterne, do Instituto do Coração de Taguatinga – ICTCor.

Insuficiência cardíaca: essa condição ocorre quando o coração não consegue bombear sangue suficiente para atender às necessidades do corpo. Pode ser resultado de várias doenças cardíacas, incluindo doença arterial coronariana e hipertensão.

Parada cardiorrespiratória: este é um dos quadros mais críticos, no qual o coração para de bater de repente, interrompendo o fluxo sanguíneo para o cérebro e outros órgãos vitais. Pode ser causado por múltiplos fatores, incluindo infarto, choque elétrico, ou trauma físico.

Quando ir ao hospital?

Reconhecer os sintomas de uma emergência cardíaca é vital para procurar atendimento médico imediato. Entre os sinais de alerta estão a dor no peito, que pode irradiar para os ombros, braços, costas, pescoço ou mandíbula, falta de ar, mesmo em repouso, suor excessivo, muitas vezes acompanhado por outros sintomas como tontura e náuseas, desmaios e palpitações, fraqueza ou cansaço extremos, especialmente após atividades leves ou em repouso.

A importância da rápida resposta

O tempo é um fator crucial em emergências cardíacas. “Cada minuto conta. Quanto mais cedo o paciente recebe tratamento, maiores são as chances de sobrevivência e de minimizar os danos ao coração,” afirma Ernesto Osterne. Portanto, ao identificar algum dos sintomas mencionados, é muito importante procurar atendimento médico imediatamente.

Compreender as causas e reconhecer os sinais de emergência cardíaca pode salvar vidas. A informação e a rápida ação são aliadas poderosas na luta contra essas condições que acometem um grande número de brasileiros. “A prevenção é sempre a melhor estratégia, mas saber como agir em uma emergência pode fazer toda a diferença,” conclui Osterne. Portanto, mantenha-se informado, faça exames regularmente e não hesite em buscar ajuda médica quando necessário. A sua vida pode depender disso.

Para onde ligar, no caso de uma emergência?

Em caso de emergência cardíaca, é crucial agir rapidamente. Imediatamente, ligue para o serviço de emergência médica de sua região, como o SAMU no Brasil, discando o número 192. Informe calmamente o operador sobre a situação, descrevendo os sintomas do paciente e fornecendo o endereço exato para que uma equipe de paramédicos possa ser enviada o mais rápido possível.

O que fazer enquanto o socorro não chega?

Enquanto aguardam a chegada da ambulância, se possível, mantenha a pessoa que está passando mal em uma posição confortável e, se treinado, inicie a RCP (reanimação cardiopulmonar) caso o paciente esteja inconsciente e sem respiração. A rapidez na resposta pode salvar vidas e minimizar danos permanentes ao coração.