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Já sentiu ou tem sentido que seu coração está batendo de forma irregular? Muito cuidado, pois pode ser uma arritmia. Essa é uma doença que provoca cerca de 1.100 óbitos por dia, totalizando mais de 400 mil mortes por ano, segundo a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC).
O problema merece especial atenção de todos e por isso ganhou um dia de conscientização: 12 de novembro. O Dia Nacional de Prevenção das Arritmias Cardíacas e Morte Súbita, criado pela SOBRAC, tem a missão de promover o desenvolvimento científico, divulgar e alertar a população e profissionais sobre os principais sintomas de uma arritmia cardíaca.
Mas afinal, o que são as arritmias cardíacas?
De acordo com o cardiologista e especialista em eletrofisiologia, clínica invasiva e estimulação, Renato David da Silva, as arritmias cardíacas são alterações elétricas que provocam modificações no ritmo das batidas do coração. Elas podem se apresentar na forma de batimentos irregulares, taquicardia (quando o coração bate rápido demais) e bradicardia (quando as batidas são muito lentas). O cardiologista explica que o coração funciona como se fosse uma bomba d ́água com uma parte elétrica, o sistema de condução, que gera a contração cardíaca. Quando esse impulso acontece de forma inadequada, acaba resultando em uma arritmia.
Quando não é tratada, a arritmia cardíaca pode resultar em morte súbita, que é quando o coração fica impedido de bombear sangue para o cérebro e para os órgãos vitais. A pessoa fica inconsciente e não respira. As chances de sobreviver a uma morte súbita cardíaca diminuem de 7 a 10% a cada minuto que se passa sem um choque de salvação. Poucas tentativas de reanimação são bem sucedidas após 10 minutos.
Sintomas da arritmia cardíaca
As arritmias afetam diversos perfis de pacientes e não é sempre que apresentam sintomas. Entretanto, quando ocorrem, podem ser diversos:
Principais fatores de risco
Como prevenir?
Apesar da genética influenciar na predisposição a arritmias, cortar alguns fatores de risco, como cigarro, abuso de álcool e ganho de peso, e controlar outros (como diabetes e hipertensão), diminui a probabilidade do coração ficar com os batimentos desgovernados. O essencial, portanto, é manter uma rotina ativa e equilibrada, sem muitos exageros aos finais de semana.
O tratamento das arritmias cardíacas depende da condição do coração. Pode envolver a terapia farmacológica ou as formas intervencionistas, como, por exemplo, a ablação por cateter, técnica utilizada quando o paciente não apresenta bons resultados com medicamentos; ou ainda, é possível tratar com a implantação de dispositivos cardíacos eletrônicos, como marcapasso ou cardioversor desfibrilador. Esses dispositivos auxiliam o coração a bater de forma mais regular.
É importante prestar atenção aos sinais do coração, como irregularidades nos batimentos, e consultar um médico cardiologista pelo menos uma vez ao ano para realizar exames preventivos.
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