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As doenças cardíacas são uma das principais causas de morte em todo o mundo. No Brasil, cerca de 14 milhões de pessoas têm algum problema cardiovascular e, pelo menos, 400 mil mortes ocorrem por ano, em decorrência dessas enfermidades, correspondendo a 30% de todos os óbitos no país, como mostram dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
O que são problemas cardiovasculares?
Doenças cardiovasculares afetam a anatomia e/ou o funcionamento do coração, veias e artérias. O músculo cardíaco funciona como uma bomba natural que envia o sangue rico em oxigênio para todo o corpo a partir de suas contrações. Esse processo é fundamental para a nutrição das células e sistemas do organismo. Para que ele ocorra com sucesso, cada parte do aparelho cardiovascular deve estar completa e preservada.
As câmaras cardíacas (átrios e ventrículos) precisam ter tamanho normal e capacidade de se contrair e relaxar dentro do padrão de normalidade. Sendo que as válvulas localizadas entre essas câmeras também devem conseguir abrir e fechar na hora certa para que o sangue siga a trajetória normal. Dessa forma, os batimentos vão seguir o chamado ritmo sinusal, que indica uma boa saúde cardíaca.
Portanto, qualquer anomalia no sistema pode comprometer sua função, aumentando o risco de eventos graves como o infarto do miocárdio e o acidente vascular cerebral (AVC).
Quais órgãos podem ser prejudicados?
Essas intercorrências podem afetar os vasos sanguíneos do coração ou músculos e válvulas do coração, entre outras partes do corpo.
Diferença entre os problemas cardiovasculares mais comuns
Existe uma grande diferença entre alguns problemas cardiovasculares. Entenda melhor quais são os principais:
Parada cardíaca
A parada cardíaca resulta de distúrbios elétricos que fazem com que o coração pare de bater adequadamente de maneira repentina. Na parada cardíaca, a morte pode ocorrer rapidamente se medidas não forem tomadas imediatamente. Esse problema, em específico, não é o mesmo que um ataque cardíaco, embora quase qualquer condição cardíaca conhecida, incluindo ataque cardíaco, possa causar parada cardíaca.
Outra situação que pode levar a parada cardíaca é a interrupção do ritmo cardíaco após um golpe na área do coração em um momento importante durante o ciclo de batimentos.
O problema pode ser revertido com a realização de uma reanimação cardiopulmonar, e em alguns casos pode ser utilizado o desfibrilador para aplicar choques no coração e restaurar o ritmo cardíaco normal em poucos minutos.
Ataque cardíaco ou infarto do miocárdio
Ao contrário da parada cardíaca, um ataque cardíaco é um problema de circulação. Quando a circulação é bloqueada ou cortada de alguma forma e o sangue não é mais fornecido ao músculo cardíaco, causando dano nessa área. Por isso, é descrito como um ataque cardíaco, e os médicos também podem se referir como infarto do miocárdio.
Os bloqueios que provocam ataques cardíacos são causados principalmente por um acúmulo de placas nas artérias. A placa se forma quando o colesterol se mistura com gordura, cálcio e outras substâncias no sangue. Com isso, esses elementos endurecem em placas, que podem se romper, causando a formação de um coágulo sanguíneo. Grandes coágulos podem bloquear completamente o fluxo de sangue por meio de uma artéria.
Esses ataques cardíacos podem ser fatais, porém, não levam automaticamente à morte. A intervenção médica de emergência pode, muitas vezes, evitar um resultado negativo.
Insuficiência cardíaca
A insuficiência cardíaca é uma condição que ocorre quando o coração não consegue bombear sangue através das artérias e do sistema circulatório para os outros órgãos e tecidos do corpo.
O resultado é um edema, ou inchaço, geralmente nas pernas e tornozelos, mas podendo também atingir qualquer outra parte do corpo. A insuficiência cardíaca também prejudica a capacidade dos rins de eliminar água e sódio, causando ainda mais inchaço. Quando ocorre o edema pulmonar, o líquido se acumula nos pulmões e interfere na respiração.
Prevenir é sempre o melhor caminho
Os problemas cardiovasculares podem exigir tratamento em longo prazo ou podem surgir de maneira repentina e grave. Eles são frequentemente desencadeados por fatores de risco, como pressão alta, colesterol alto, sedentarismo, obesidade, tabagismo e diabetes. Estes fatores, em grande escala, podem ser prevenidos e controlados por mudanças de hábitos e visitas regulares ao cardiologista.
Além disso, praticar atividade física, ter uma dieta saudável, assim como ter um tempo de qualidade para relaxar, são fatores que contribuem positivamente na prevenção dos problemas cardiovasculares mais recorrentes.
E claro, fazer exames periódicos para saber como está a saúde do seu coração é o melhor caminho para prevenção.
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